Urticaceae

Cecropia glaziovii Snethl.

Como citar:

Marta Moraes; Patricia da Rosa. 2018. Cecropia glaziovii (Urticaceae). Lista Vermelha da Flora Brasileira: Centro Nacional de Conservação da Flora/ Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro.

LC

EOO:

1.306.392,84 Km2

AOO:

812,00 Km2

Endêmica do Brasil:

Sim

Detalhes:

Espécie endêmica do Brasil (Flora do Brasil 2020 em construção, 2018), foi registrada nos estados Bahia (Santos 122), Espírito Santo (Silva 849), Minas Gerais (Ladeira 264), Paraná (Hatschbach 58481), Rio Grande do Sul (Waechter), Rio de Janeiro (Andreata 937), Santa Catarina (Reitz 2902) Sergipe (Nunes 166), e São Paulo (Kuhlmann 2003).

Avaliação de risco:

Ano de avaliação: 2018
Avaliador: Marta Moraes
Revisor: Patricia da Rosa
Categoria: LC
Justificativa:

Árvore de até 20 m de altura, endêmica do Brasil (Flora do Brasil 2020 em construção, 2018). Popularmente conhecida por embaúba-vermelha, foi coletada na Floresta Ombrófila, Floresta Ombrófila Mista, Floresta Estacional Semidecidual, associadas à Mata Atlântica, nos estados da Bahia, Espírito Santo, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Sergipe e São Paulo. Apresenta distribuição ampla EOO=1130843 km², diversos registros em coleções biológicas, inclusive com coletas realizadas recentemente, e ocorrência confirmada em Unidades de Conservação de proteção integral. A espécie ocorre em múltiplas fitofisionomias, de forma ocasional e não existem dados sobre tendências populacionais que atestem para potenciais reduções no número de indivíduos maduros, além de não serem descritos usos potenciais ou efetivos que comprometam sua existência na natureza. Assim, Cecropia glaziovii foi considerada como Menor Preocupação (LC), demandando ações de pesquisa (distribuição, tendências e números populacionais) a fim de se ampliar o conhecimento disponível e garantir sua perpetuação na natureza.

Último avistamento: 2017
Possivelmente extinta? Não

Perfil da espécie:

Obra princeps:

Descrita em: Notizblatt des Botanischen Gartens und Museums zu Berlin-Dahlem 8: 358. 1923. Nome popular: embaúba vermelha (Flora do Brasil 2020 em construção, 2018). De acordo com especialista botânico a espécie: 1 - apresenta uso (madeira, frutos, paisagismo, etc). R.: Sim. A madeira é usada como combustível e na confecção de gaiolas. ; 2 - ocorre em Unidades de Conservação. R.: Sim. Parque Nacional da Tijuca, Parque Nacional da Serra dos Órgãos, Reserva Biológica Augusto Ruski, Parque Nacional do Caparaó, Parque Estadual da Pedra Branca; 3 - apresenta registros recentes, entre 2010-2018. R.: Sim; 4 - é uma espécie com distribuição ampla. R.: Não. ; 5 - possui amplitude de habitat. R.: Sim. ; 6 - possui especificidade de habitat. R.: Não. ; 7 - apresenta dados quantitativos sobre o tamanho populacional. R.: Não; 8 - em relação a frequência dos indivíduos na população. R.: Ocasional; 9 - apresenta ameaças incidentes sobre suas populações. R.: Não; (Marcus Felippe Oliveira da Silva, com. pess.21/11/2018).

Valor econômico:

Potencial valor econômico: Desconhecido
Detalhes: Não é conhecido o valor econômica da espécie.

População:

Detalhes: Ocasional (Oliveira da Silva, M.F. com. pess., 2018).

Ecologia:

Substrato: terrestrial
Forma de vida: tree
Longevidade: perennial
Biomas: Mata Atlântica
Vegetação: Floresta Estacional Semidecidual, Floresta Ombrófila (Floresta Pluvial), Floresta Ombrófila Mista
Habitats: 1.6 Subtropical/Tropical Moist Lowland Forest
Detalhes: Árvore de 20 m de altura (Braga 3005) que ocorre na Mata Atlântica na Floresta Estacional Semidecidual, Floresta Ombrófila (= Floresta Pluvial), Floresta Ombrófila Mista (Flora do Brasil 2020 em construção, 2018).
Referências:
  1. Urticaceae in Flora do Brasil 2020 em construção. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Disponível em: <http://reflora.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB15039>. Acesso em: 14 Dez. 2018

Ameaças (2):

Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.1 Ecosystem conversion 1.1 Housing & urban areas habitat past,present,future national very high
Vivem no entorno da Mata Atlântica aproximadamente 100 milhões de habitantes, os quais exercem enorme pressão sobre seus remanescentes, seja por seu espaço, seja pelos seus inúmeros recursos. Ainda que restem exíguos 7,3% de sua área original, apresenta uma das maiores biodiversidades do planeta. A ameaça de extinção de algumas espécies ocorre porque existe pressão do extrativismo predatório sobre determinadas espécies de valor econômico e também porque existe pressão sobre seus habitats, sejam, entre outros motivos, pela especulação imobiliária, seja pela centenária prática de transformar floresta em área agrícola (Simões; Lino, 2003).
Referências:
  1. Simões, L.L., Lino, C.F., 2003. Sutentável Mata Atlântica: a exploração de seus recursos florestais. São Paulo: Senac.
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.1 Ecosystem conversion 5.3 Logging & wood harvesting habitat,mature individuals past,present,future national very high
Dados publicados recentemente (Fundação SOS Mata Atlântica e INPE, 2018) apontam para uma redução maior que 85% da área originalmente coberta com Mata Atlântica e ecossistemas associados no Brasil. De acordo com o relatório, cerca de 12,4% de vegetação original ainda resistem. Embora a taxa de desmatamento tenha diminuído nos últimos anos, ainda está em andamento, e a qualidade e extensão de áreas florestais encontram-se em declínio contínuo há pelo menos 30 anos (Fundação SOS Mata Atlântica e INPE, 2018). Criado em 1985, o monitoramento feito pelo Atlas permite nesta edição quantificar o desmatamento acumulado em alguns Estados nos últimos 30 anos. O Paraná lidera este ranking, com 456.514 hectares desmatados, seguido por Minas Gerais (383.637 ha) e Santa Catarina (283.168 ha). O total consolidado de desmatamento identificado pelo Atlas desde a sua criação, que não incluiu alguns Estados em determinados períodos, chega a 1.887.596 hectares (Fundação SOS Mata Atlântica e INPE, 2016).
Referências:
  1. Fundação SOS Mata Atlântica e INPE, 2016. Atlas dos remanescentes florestais da Mata Atlântica. Período 2014- 2015. Relatório Técnico, São Paulo.
  2. Fundação SOS Mata Atlântica e INPE, 2018. Atlas dos remanescentes florestais da Mata Atlântica. Período 2016- 2017. Relatório Técnico, São Paulo, 63p.

Ações de conservação (1):

Ação Situação
1 Land/water protection on going
A espécie foi registrada em: Parque Nacional da Tijuca, Parque Nacional da Serra dos Órgãos, Reserva Biológica Augusto Ruski, Parque Nacional do Caparaó, Parque Estadual da Pedra Branca (Oliveira da Silva, M.F. com. pess., 2018).

Ações de conservação (1):

Uso Proveniência Recurso
7. Fuel natural stalk
A madeira é usada como combustível e na confecção de gaiolas (Oliveira da Silva, M.F. com. pess., 2018).